Olá você que acompanha o blog. Nesse post vou iniciar o registro patrimonial, e ao final quero compartilhar a estratégia de aportes, que pretendo usar, com uma variação bem interessante.
Bom, vou colocar o primeiro registro patrimonial, para depois ir atualizando todos os meses.
Como vocês podem ver no post anterior, eu venho lutando contra o hábito de gastar muito, pois isso me trouxe muitos prejuízos. Finalmente comecei gastar menos do que ganho, e comecei a poupar. Até tentei investir em títulos do tesouro direto, e ações... Mas eu ainda tenho algumas dívidas remanescentes, frutos de empréstimos consignados na época em que gastava demais. Por isso vocês verão meu saldo inicial negativo. Isso mesmo, apesar de ter dinheiro guardado, estou considerando aqui no início do registro patrimonial os meus passivos, minhas dívidas a quitar. Como na contabilidade, pra que o registro do patrimônio mostre a real situação, é preciso considerar não só o que se tem, mas aquilo que se deve.
Vamos então ao registro patrimonial,de forma bem simples:
Vamos às explicações:
Como eu tinha comprado alguns títulos do tesouro direto antes de decidir quitar as dívidas, eu não quis me desfazer deles para não ter um certo prejuízo. Portanto mantive na carteira.
Estou guardando meus aportes na poupança por enquanto devido ao fato de que pretendo quitar os empréstimos logo. Esse empréstimo 1 tem como valor de parcela R$ 640,00 com um juros mais alto. O Empréstimo 2 a parcela é de R$ 300,00 porém com juros menor.
Por isso, mesmo tendo dinheiro para quitar o empréstimo 2, pretendo começar quitar pelo EMPRÉSTIMO 1, no valor atual de R$ 13422,80, pois ele tem um juros mais alto. Pode-se ver que ainda não tenho o valor para quitá-lo HOJE, pois o valor na poupança ainda é inferior (volto a dizer, não quero vender os títulos agora para isso).
A previsão pro mês que vem é que o Saldo Devedor desse empréstimo 1 seja algo em torno de R$ 13.200,00. Logo, com o aporte do próximo mês, creio que terei esse valor disponível, e aí posso quitar esse empréstimo tranquilamente.
VALOR NEGATIVO
Como mencionei no título, começo esse registro com um SALDO NEGATIVO, porém, com o decorrer dos meses, com aportes constantes, pretendo pagar esses empréstimos e começar a ficar com SALDO POSITIVO. A partir daí, começar o seguinte plano.
1- Montar um colchão de segurança;
2- Investir em Renda Fixa
3- Investir em Renda Variável (Ações)
ESTRATÉGIA DE APORTE - BALANCEAMENTO CONSTANTE
Quando quitar os empréstimos, pretendo seguir a seguinte estratégia de aportes:
Do valor aportado mensalmente, cerca de 70% irá para renda fixa, e 30% para renda variável.
Mas você pode pensar: "Nossa, que ""super"" estratégia hein!!"
Só que a grande sacada é manter esse percentual ao longo do tempo. Como?
Independente da variação da carteira, independente de quando estiver o saldo de cada investimento, VOU MANTER ESSE PERCENTUAL NO APORTE.
Isso significa que, mesmo que minha carteira de ações valorize ao ponto de no somatório total ter 50% em renda fixa, e 50% em renda variável, manterei aportando 70% Renda Fixa, e 30% Renda Variável. NÃO BALANCEAREI A CARTEIRA!
E por que isso?
Vamos considerar que uma BOA estratégia de ações a longo prazo tende a valorizar acima da renda fixa. Logo, no decorrer do tempo, a carteira total vai desbalancear pro lado da renda variável. E se eu tentar equilibrar, tirando da renda variável pra colocar em renda fixa, ou aportando mais em renda fixa pra balancear, a rentabilidade superior da renda variável vai ser ofuscada pela baixa rentabilidade da renda fixa, fazendo com que a rentabilidade total seja puxada para baixo.
Exemplo prático:
Aporto R$ 10.000,00, sendo R$ 7.000,00 em renda fixa, e R$ 3.000,00 em renda variável.
Digamos um rendimento de 8,25% ao ano (Tesouro Selic), contra um rendimento de 17,61% em ações (índice Ibovespa acumulado no ano, hoje). Ao final eu teria R$ 7577,50 na renda fixa, e R$ 3528,30 na renda variável. No total eu teria R$ 11.105,80. Isso dá um rendimento de 11,05%, consideravelmente abaixo dos 17,61% do Ibovespa.
No próximo aporte, na mesma proporção, ou seja, colocando mais R$ 3000,00 em ações (seguindo uma estratégia boa de longo prazo) e considerando o mesmo rendimento, eu teria um acumulado no final dos dois períodos de R$ 7677,93. E na renda fixa, R$ 15.780,14. Ou seja, considerando a carteira total, teria 67% em renda fixa e 33% em ações. A carteira começa desbalancear pro lado da renda variável. E a tendência é ir desbalanceando mesmo.
AGORA O ARGUMENTO
A grande maioria dos investidores mantém uma maior parte em renda fixa, e uma menor em renda variável, justamente para se proteger de grandes varições negativas, e acabar perdendo patrimônio. É uma estratégia conservadora, ok.
Só que essa minha estratégia, mantendo a porcentagem NO APORTE, também é conservadora. Pelo seguinte princípio: do dinheiro novo que está sendo aportado, a proporção é maior para renda fixa! Simples.
Desconsiderando a valorização total após o aporte, O APORTE CONTINUA CONSTANTE.
Agora vamos aos números, considerando a estratégia:
Considere um longo prazo de 30 anos, 360 meses;
Um rendimento da renda fixa de 5,775% ao ano (poupança hoje), ou 0,47% ao mês;
Um rendimento de 10% ao ano em renda variável (sendo bem realista), ou 0,8% ao mês;
Um aporte de R$ 2000,00 mensais, sendo R$ 1400,00 para renda fixa, e R$ 600,00 para renda variável, sempre esses valores, sempre.
RENDA FIXA
Montante Final = 1400 * (1,0047^360-1)/0,0047 = R$ 1.313.274,00
RENDA VARIÁVEL
Montante Final = 600 * (1,08^360-1)/0,08 = R$ 13.472.927,00
Look that diference!!!
Agora vamos segundo o método de ir balanceando os aportes para que a porcentagem da carteira total se mantenha:
Calculamos primeiro o rendimento médio ao mês
Montante renda fixa = 1400 * 1,0047 = 1406,58
Montante renda variável = 600 * 1,08 = 604,80
Total = 2011,38
Rendimento médio: 0,57%
Considerando o rendimento médio, ao longo de 30 anos, 360 meses, o que seria feito se eu retirasse valores da renda variável para colocar na fixa, ou se diminuísse o aporte na renda variável e aumentasse na renda fixa:
Montante Final = 2000 * (1,0057^360-1)/0,0057 = R$ 2.364.293,80
Isso mesmo colegas, pela estratégia do balanceamento constante do aporte teríamos mais de 14 MILHÕES! Já pela estratégia de manter o balanceamento da carteira constante, teríamos pouco mais de 2 milhões. É uma diferença bastante considerável!
Você pode estar dizendo: Essa estratégia é arriscada, manter um alto valor em renda varíável. Mas acontece que os valores dos aportes foram constantes. Se o valor está alto em renda variável, não foi eu que o aumentei, foram os juros!
Pense da seguinte maneira: Se eu guardasse os valores em dois lugares diferentes, ambos sem rendimento algum, zero, ao final teria essa mesma porcentagem do aporte no capital, 70% em um e 30% no outro.
Por isso pretendo usar essa estratégia assim que iniciar na renda variável.
Por isso pretendo usar essa estratégia assim que iniciar na renda variável.
Espero que tenha gostado desse post. O que achou da estratégia?
Um forte abraço e fiquem com Deus.
IMPORTANTE
As informações nesse blog são apenas de caráter pessoal, não constituem orientações de investimentos. Se você quiser orientações desse tipo deve buscar em meios devidamente autorizados para tal. Tudo que está aqui é o acompanhamento de minhas operações cotidianas em relação a poupar.
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